3 de fevereiro de 2012

Sotero


Infelizmente, ainda não conheço a Bahia. Com certeza, vou conhecer um dia e degustarei muito da culinária local. Mas já arrumei meu jeitinho de passear por Salvador sem sair de São Paulo. Sugiro que faça a mesma odisséia: pegue um lindo sábado de sol e vá até o Sotero. Garanto que não irá se arrepender e ficará encantado com tamanha brasilidade.
Localizado em um nobre bairro da cidade, a fachada é simples e nem chama tanto a atenção. Conforme você entra no restaurante é que começa a perceber todo o capricho. As paredes são pintadas com paisagens soteropolitanas, há cadeiras coloridas e, claro, as folclóricas namoradeiras estão por toda parte.



E afinal, o que é que o tabuleiro da baiana tem?!? Vamos ao menu...
Começando pelas bebidas, tomei um suco de Tamarindo. Estava gostoso, mas nada sensacional.

O Hilton tomou a clássica Caipirinha de Limão (com pinga típica, claro) e adorou.

Preparem-se para a quantidade exagerada de entradas que pedimos: Mini-acarajés, Caldinho de Sururu, Caldo de Mocotó e Bolinho de Aipim com Carne de Fumeiro e Requeijão. Todas estavam deliciosas com destaques para o rústico caldo de sururu e os primorosos acarajés.




Um belo sinônimo do acarajé é a perfeição. A lisa massa recheada com o caprichoso vatapá (daqueles com bastante sabor de manteiga de garrafa) e os crocantes camarões secos é de "se comer rezando", ou melhor, agradecendo ao Senhor do Bonfim.

Como nem tudo é perfeito, devo dizer que o atendimento é um pouco deficiente. Algumas atendentes parece que pousaram de pára-quedas naquele instante lá e não sabiam direito nem o que tinha descrito no próprio cardápio. Quando decidimos pedir o prato principal, perguntamos de que era composta a Moqueca Sotero. A moça não sabia responder e nem procurou se informar com alguém. Ainda bem que o chef Rafael Sessenta passou neste momento e nos salvou.

Além de explicar, também nos ofereceu uma pequena cortesia: ao invés de escolher um entre os 3 tipos de acompanhamentos, ele nos mandaria um bucadinho de cada um. Eba, os olhinhos da criança aqui até brilharam... rs!

A moqueca em questão tinha de um tudo, isto é, peixes e frutos do mar demasiadamente frescos. Porém o que mais gostei mesmo foram os acompanhamentos: vatapá, caruru e feijão com leite. Este feijão é realmente impressionante, ele é batido com leite de coco. Lhe parece estranho? Acreditem, é puro deleite. Principalmente pra quem ama uma comidinha agridoce, assim como eu.

Finalizando a comilança, partimos para as sobremesas. Uma delas foi a Cocada Branca. O cravo era proeminente e adicionou valor à cocada, entretanto não foi o nosso doce preferido.

Agora a parte "polêmica" do post: a outra sobremesa saboreada foi a Punheta com Babá de Moça. O nome já é sugestivo, né?!? Não queria nem saber de outra coisa, eu tinha que ver o que era isso de perto. Trata-se de um bolinho de tapioca de crosta crocante com calda de babá de moça e salpicada de canela. Nossa, é indescritível de tão bom. Ah e pela foto dá pra perceber o porquê de seu título, como vocês podem observar! hahahaha

Por fim, devo informar que a conta ficou cara. Só que valeu não somente pela qualidade, mas também pela quantidade do que comemos. Saímos de lá literalmente satisfeitos e felizes!;)

Endereço: Rua Barão de Tatuí, 282, Vila Buarque - São Paulo/SP
Site: não disponível
Média de preço: R$90/pessoa
Data da visita: 28/01/12

6 comentários:

  1. Oi querida!!! Como vai?

    O que a baiana tem? Acho que só vou descobrir indo neste lugar!

    Depois dessas gostosuras deve estar bem né! Cada prato mais interessante que o outro... Meu Deus!

    Devo imaginar como deve ter sido um dilema escolher no cardápio...

    Me diverti com o nome da última sobremesa... parece a sobremesa do Devassa, o Gulosa! Imaginação fértil!!!

    Beijão e ótimo fds!
    Denise.

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    1. Nossa, Dê... quero levar vcs lá, tenho certeza absoluta que vão amar!

      Hahahaha, muito boa esta sobremesa. E eu já comi a Gulosa tb! Imaginação fértil total, mas é divertido!:)

      Até sábado, eba!!! bjs

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  2. Olá!!Vanessa!!

    Estou há uma semana em São Paulo, passando uns dias de férias!!Uma pena que só hoje pude visitar seu blog e encontrar um pedacinho da Bahia aí no Sotero, pois estou seguindo viagem para outra região e já não dá para visitar este cantinho nordestino, mas fiquei com saudades da terrinha rsrsr!!Vc precisa conhecer Salvador com urgência, só assim verás o que que a baiana e o baiano têm rsrsr!!! Antes de sair de férias, deixei um post saboroso, confira!! Bjs, Dy.

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    1. Preciso conhecer mesmo a Bahia... tenho fé que logo logo conseguirei!

      Mas q bom q gostou do post e q pena q não dará tempo de conhecer o Sotero... lá é tudo de bom!

      Vou lá dar uma olhada sim! Obrigada pelo carinho de sempre!

      bjs

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  3. Almocei no Sotero hoje (13/03) e adorei o Acarajé!
    Pedi a saladinha de tomate e o cheff me explicou que ela não faz parte do tradicional Acarajé. Teimei com ele, pois morei em Salvador, na Bahia a alguns anos e costumava degustar Acarajé diariamente nas praças de Salvador e as Baianas serviam com a saladinha de tomate. Hoje, mais tarde, pesquisei sobre o detalhe e descobri que o verdadeiro Acarajé dos Orixás não acompanha a saladinha. Parabéns ao Cheff e ao restaurante, o Acarajé estava uma delícia!

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    1. Olá Eliete! Td bem?!?

      Muito obrigada pela visita e pelo seu relato sobre sua ida ao Sotero. Realmente o acarajé é especial e obrigada por me dar uma aula sobre o assunto pois confesso que não sabia de nada disso! rs

      Volte sempre e até a próxima!;)

      Abs,
      Vanessa

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